Mostrando postagens com marcador Crônicas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crônicas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 16 de junho de 2015

O reflexo complexo em si: A LUCIDEZ [Tânia Du Bois]


Ein brennendes Streichholz - Sebastian Ritter



“Inquietos são os momentos de lucidez /
Pacíficas as ameaçadoras loucuras”
(Carmen Presotto)

As palavras de Nilto Maciel, “a lucidez possível”, me faz refletir sobre a lucidez como assunto que vem à baila: algo que se lembra, que se ouve, qualquer coisa que se lê. Pois, nas lembranças, encontro Orides Fontela que poetizou que “A lucidez, alucina”.  É claro que o sentimento às vezes se desvia completamente da ideia, como em José Castello, “A lucidez absoluta é uma mentira sinistra: todos vivemos um pouco no escuro. O importante é que cada passo esteja sincronizado com o que se sente. E sentimentos são sempre confusos e imperfeitos.” Personagens delirantes apresentam histórias de lucidez: lúcido em emocionantes momentos de delírios, como em Carlos Higgie,”...Num instante de lucidez, Marcelo passou a raiva, dos ciúmes mastigados e afogados, para a sensação de vitória e, depois, de piedade...”.

No seu livro de poemas, Brevidades, Pedro Du Bois expõe (suas) brevidades, revelando tipos obsessivos, frutos de suas observações sobre a lucidez, o equilíbrio, a natureza e o sentimento, “Permito-me a lucidez: vejo a árvore e os frutos;/ ...A lucidez contém luzes enfeitiçadas de verdades. / A lucidez é o meu cansaço.”

A lucidez é (ou não) abrir a janela a vários estados de consciência: mergulhar no desconhecido; ter forte lembrança de como fazer a vida; fazer o link com a infância; saber lidar com a loucura; ter vida diferente dasnóias. Enfim, a loucura é igual para todos ou seria a lucidez o reflexo complexo em si, algo a ser definido, porque as pessoas têm comportamento mitificado naloucura? Para Michel Foucault, “definir loucura é não saber como se está no mundo.” Não creio que existamloucos com noção do que seja a lucidez. Penso que a lucidez está misturada ao lugar onde tentamos construir os sonhos, como encontro no livro Lucidez Embriagada de Hélio Pellegrino.

Rodrigo de Souza Leão, no livro Há Flores na Pele, fala de loucura. E o Carbono Pautado, também obra de Rodrigo, revela a lucidez em difíceis tempos e revela que“Nós vivemos em tempos esquizofrênicos. Muita gente tem depressão ou síndrome do pânico. É uma sociedade que está doente porque dá valor ao que não se deve: o dinheiro. O ser humano viveria muito mais se parasse com essa babaquice de querer dominar o outro.”

Em Augusta Faro, n’A Friagem, encontro contos que levam o leitor a viajar num mundo de contradições e absurdos. Segundo Stella Leonardos, “o forte do livro é a fatalidade do destino”. Augustinha, como conhecida, faz poesia e prosa em matizes que mesclam o real e o absurdo; o imaginário e o simbólico, arquitetado, direcionado e moldado pela razão, Travessia // Transpassada / trespassada / tripartida / tropeçada / truncada. / Isso lá é vida?”

................
Crônica constante do livro Autópsia do invisível (Projeto Passo Fundo)

...............................
# LEIA TAMBÉM:


Tânia Du Bois, natural de Sarandi, RS, residente em Balneário Camboriú, SC. Pedagoga. Articulista, cronista e resenhista. Colunista literária do Jornal Correio do Município, Itapema, SC e da A Revista SC. Colaboradora do Projeto Passo Fundo.

AUTÓPSIA DO INVISÍVEL [Tânia Du Bois]


Phases of water impact on water - Henningklevjer


É preciso ter imaginação para fazer autópsia das artes e ver o invisível. O invisível pode ser percebido ou receber diferentes significados, com a interferência das autópsias que nutrem os elos da vida, descrevendo em realidade a fantasia, onde a vida imita a arte, como se fosse arte em movimento que é o encontro cultural entre a arte de pensar, ler, escrever e pintar. Com certeza existe mistério entre os artistas e os poetas e as suas obras: eles conseguem uma harmonia brilhante. Nas palavras de Max Martins, “Tu me lês / tu me vês / (talvez)...”.

Autópsia do Invisível são leituras inquietas, que, por vezes vejo na arte de pensar os movimentos que renovam a palavra, o gesto e o espírito. Na vida encontro cenas que formam um jogo de metáforas reveladoras, com letras e sentenças, que anunciam uma história entrelaçando vidas e rasgando o silêncio, como na arte de ler que une pensamento ao coração. Deixa a imagem ir e vir espontaneamente, com o que me entrego de corpo e alma ao livro escolhido e sinto o prazer tomar conta de mim. Concentro-me para manter a expressão de que sonhar é o melhor despertar.

Autópsia do invisível significa uma conquista da palavra em si, o registro do cotidiano dentro do panorama dos sentidos: esse é o motor que me leva a desenhar palavras com plasticidade, criando novos sentidos e revelados na arte de escrever, de fazer literatura que me embala no tempo e me faz sentir sensação de bem estar, porque reproduzir a cultura instalada pela criação das palavras, que nos influenciam e mapeiam nossas vidas.

Autópsia do invisível me leva a corrente com natureza poética ao se revelar com sensibilidade a linguagem e a estática. Assim a arte de pintar me oferece a verdade transfigurada em cores, traços e ideias de múltiplos significados, onde o artista usa sua força criativa para transformar em imagens as nuances que me levam a compreender os fundamentos da sua obra. Miriam Postal, artista plástica, expressa, “A pintura, a Escultura, a Palavra são interligadas. A arte e a vida prática estão interligadas. A arte serve para a pessoa desenvolver sua própria capacidade. O importante é cada um buscar sua imagem”.

Nesse encontro posso ver momentos marcantes como jogo de liberdade, que mantém o equilíbrio entre a percepção e a beleza das cores e das palavras, onde abro ao fluxo iluminador no transmitir meus registros que tocam tanto o coração, quanto a significação dos gêneros, proporcionando-me a reflexão: percebo o sentido da obra, busco sua cumplicidade e alimento a alma.

Autópsia do invisível é o desafio de viver e cuidar das ideias e dos ideais, porque são as artes que em movimento sacodem a mesmice do momento e do cotidiano. E, ainda, torna visível a importância do pensamento em sua trajetória de criação e significados, ao me possibilitar alternar o sentido do instante e de condensar as aspirações ao ob ter ressonância na memória, como demonstra Pedro Du Bois, “Na poesia / desenho // sentimentos em palavras... / o traço exibe todas as curvas / carrega nas cores //... na poesia / rabisco // e o desenho se faz presente / nos olhos de quem vê”.

.............................
Crônica constante do livro Autópsia do invisível (Projeto Passo Fundo)

...............................
# LEIA TAMBÉM:



Tânia Du Bois, natural de Sarandi, RS, residente em Balneário Camboriú, SC. Pedagoga. Articulista, cronista e resenhista. Colunista literária do Jornal Correio do Município, Itapema, SC e da A Revista SC. Colaboradora do Projeto Passo Fundo.

sábado, 6 de junho de 2015

A LUMINOSIDADE DO ESCURO [Tânia Du Bois]



Segundo Benedito C. Silva, “Sem luz não existe cor...” Penso no contraste entre o claro e o escuro, e quanto representa as tintas da existência como identificação da figura de ficção, com capacidade de inventar ao refletir as sensações.

Vemos luz no final do túnel?  Quantas noites, passamos em claro? A vivência, a maturidade acrescenta clareza às nossas incertezas? Quanto vale um raio de sol? Nas palavras de Lêdo Ivo, “... Paramos e esperamos / sem qualquer esperança. / E nós mesmos morremos / como o dia sereno / tornado escuridão.”

A vida é assim, não tem receita, parece ser feita da mistura de tons claros e escuros, onde cada história tem a sua luminosidade. A combinação é que intensifica para mais ou para menos. As palavras instigantes são versos entre luzes e sombras. A forma poética se inspira na natureza, despertando em nós a paixão pela literatura. Como nos romances, A Maçã no Escuro, de Clarice Lispector – que é um romance dividido em três partes em que trata da tentativa de buscar a si mesmo, o outro e revela os sentimentos, e Dentes ao Sol, de Ignácio Loyola Brandão, ”Dentes ao sol // E o escuro momento / Do girassol no muro / enlouquecendo”.

Claro e escuro combinam com o dia e a noite, são sombras que marcam e definem o homem. A luz representa a ação, quando refletida na sombra ao iluminar a paisagem do tempo. Transformamos a luz em coragem e alegria, para a vida seguir sem tormentos, como estilo para cada escuridão. Assim, também nos reflexos do que Mário de Sá-Carneiro escreveu, “Manhã tão forte / que anoiteceu”; ou no Luz Poética, de Benedito C. Filho, “... A dor que sofro arremata a vida / Que luz do dia enegrece / E a noite deita para me consolar...”; ou em Uma Luz no Chão, de Ferreira Gullar e, ainda, n’As Solas do Sol, de Carpinejar.

No reflexo da luz fabricamos nossas imagens e percebemos as sombras ao nos revelarmos através da palavra, como Pedra de Sol, de Octávio Pazonde o autor descreve o tempo como recomeço e esperança.

A luminosidade do escuro é jogo de clarificação das artes tentando tornar transparentes os gestos que são a nossa imanência transcendendo através da palavra, justificando a sua elucidação, como em Álvaro Moreyra, “Palavra é claridade. O gesto é sombra. Mas o gesto que nos irmana às ondas, às asas, às nuvens...”.

A cor do escuro são tons de resistência, mistérios que nos rodeiam, sobre o qual só podemos ver através da claridade, no caso, nossas contradições. Neste sentido o espaço do homem é como o ser existencial, iluminador. Mas, também pode ser o caminho da transparência, isto é, precisamos respeitar e confiar nas pessoas.

Vivemos numa época em que o tempo é medido pelas necessidades, onde a informação, o consumo e a escolha vão além da perspectiva, além do horizonte. Por isso, clarear a situação e transformar a vida de sombras em luzes é ter consciência de que tudo o que gostaríamos de realizar não cabe no nosso dia. Então, o dia escurece e precisamos fazer a escolha, nos permitindo errar. O desafio está em exercitar nossa flexibilidade para contornar a luminosidade do escuro e desvelar o segredo do homem como ser existente que se associa e convive, quando segue a luz da sensibilidade: “Cores, verdades / Frias e quentes.../ dores e alegrias, / tristezas e sabedorias”, entrelaçando o sonho.


............................
# LEIA TAMBÉM:


Tânia Du Bois, natural de Sarandi, RS, residente em Balneário Camboriú, SC. Pedagoga. Articulista, cronista e resenhista. Colunista literária do Jornal Correio do Município, Itapema, SC e da A Revista SC. Colaboradora do Projeto Passo Fundo.



MOSAICO DE RUÍNAS [Tânia Du Bois]


"Exit #7" - Hani Zurob


...Tuas mãos não trazem nada. /
Vazias, elas te ajudam a caminhar por entre ruínas..”
(Vera Casa  Nova)


Tarde de domingo. Do mar, escuto o que diz em voz alta. A vida senta-se, desconfiada do mundo, ao perceber que a nossa história não está sendo ouvida e pouco preservada e que as palavras caem como chuvas em chamas: as ruínas culturais, emocionais e materiais. Segundo Tatiana T. Coelho, “vivemos de ruínas... / por outrem descobrimos os que fomos, / buscamos encontrar o caminho e nos deciframos.”.

Ruínas, para mim, têm vários sentidos e um deles é o fim dos sonhos, das conquistas do equilíbrio pelo melhor caminho. Fica presente apenas o nosso medo, civilizatório. É sentimento difícil de se admitir, mesmo que, em algum momento, já tenhamos tido gestos em que“arruinamos a nossa vida”, como ajudar a alcançar as ruínas, desestabilizando até a mãe natureza; como mostra Jorge Tufic, “Passei anos a olhar / para as coisas que se destroem. / Muros de pedra / casas antigas, alpendres estrangulado...// Nem que o lugar / se tomasse de ruínas...” Ao constatar que a vida não é satisfatória, alerto que a boa qualidade de vida pode significar libertação.

Pedro Du Bois, em seu livro O Coletor de Ruínas, mostra que é possível criar para o presente e para o imprevisível olhar o que se esconde atrás do ponto cego, sobre a realidade e a percepção do mundo, como no poema: “sobre a terra / queimada / brota a planta / em seqüência // (sustenta a fome / dos animais criados) // sobre a terra / insustentável / o vento trabalha sua parte.”

Davi Arrigucci Jr., em seu livro O Cacto e as Ruínas, de crítica literária, analisa dois poemas: O Cacto, de Manuel Bandeira e As Ruínas de Selinunte, de Murilo Mendes. As Ruínas de Murilo mostra a desordem das pedras caídas e a destruição, ”Sobre o mar em linha azul, as ruínas / severas tombando //... Para a catástrofe, em busca / Da sobrevivência, nascemos.”

A literatura é uma das maneiras de ver o passado e, ao conviver com ele, diminuir as “ruínas do dia-a-dia”. Nesse caso, vale avaliar o que realmente é importante para nós. Quais as tradições que gostaríamos de manter e quais histórias queremos contar aos nossos netos. Também, devemos pensar como reagir diante das “ruínas”. Como evitar que elas aconteçam? Álvaro Pacheco, escreveu, “... Pois Camões cantava a glória / e eu canto o desespero / deste tempo poluído.” E Tatiana T. Coelho reflete: “Para onde foram os sonhos? / Ruínas levadas pela correnteza da vida.”

Os poetas declaram, como em Pedro Du Bois, “Fomos a descoberta – passo a passo – e somos o encoberto ser insatisfeito em necessidades. Alguns colecionam, outros coletam ruínas. Com tal perspectiva, só nos resta o tempo como desafio para evitarmos a “ruínas”, como em Octávio Paz, “La irrealidad de lo mirado / da realidad a la mirada.” (A realidade do visto / dá à vista realidade)

Vida e realidade caminham juntas nas diversas formas de elevar o nosso mundo a uma nova dimensão, entre elas, as artes e os gestos, que nos levam a pensar em como evitar a construção do mosaico de ruínas.


.............................
# LEIA TAMBÉM:

____________
Tânia Du Bois, natural de Sarandi, RS, residente em Balneário Camboriú, SC. Pedagoga. Articulista, cronista e resenhista. Colunista literária do Jornal Correio do Município, Itapema, SC e da A Revista SC. Colaboradora do Projeto Passo Fundo.


quinta-feira, 11 de abril de 2013

A TÁTICA DO TEJUAÇU (David de Medeiros Leite)



Daisy Droplets - aussiegall



Mossoró, para mim, é simples e familiar. É, no final da tarde, tomar a saborosa sopa de dona Hilda, em meio a fraternas reuniões. É participar do papo na calçada de Anchieta Alves, para ouvir a poesia de Luiz Sobrinho ou a circunspecta análise de Paulo Fernandes sobre os acontecimentos do dia, invariavelmente corroborada pelas opiniões de Chico Targino, João Duarte, Chico Pinto, Francisco Andrade, entre outros.

É tomar um bom vinho na casa de André Luís e Patrícia, com direito a um suave violão. É encontrar, na livraria Café & Cultura, Clauder Arcanjo, Chico Rodrigues e Marcos Ferreira e logo formar uma espécie de “sarau das letras”. É ir até a residência de Milton Marques para, em um daqueles amplos terraços, falar de nossas preocupações e sonhos com a Universidade.

É passear pelo centro da cidade, tomar um refresco na lanchonete de Chico Camilo e entrar em A Construtora para alguns minutos de prosa com Genivan Josué Batista. É encontrar-me com baluartes do Instituto Cultural do Oeste Potiguar – ICOP para, atualizado sobre a próxima empreitada, associar-me a eles, com prazer. É tomar alguma providência para a festinha de Nossa Senhora do Carmo.

É poder compartilhar da heterogeneidade da chamada geografia humana mossoroense, conversando e aprendendo com visões tão díspares como as de Paulo Linhares, Vilmar Pereira, Otávio Barra, Eduardo de Zé Agostinho, Alex Moacir ou do meu compadre Tertuliano Ayres Dias Filho, Tellzinho. É, enfim, entender as sábias e irreverentes “tiradas” de Paulo Lúcio.

Em Natal, a rotina é parecida. Gosto de caminhar no Parque das Dunas, conversando, entre outros, com Ricardo Espíndola e com Mário Marcelino. Também é prazeroso, nas manhãs de sábado, percorrer sebos e livrarias e encontrar, por exemplo, Manoel Onofre Júnior ― verdadeiro gentleman ― que, em alguns minutos, já nos fala de uma novidade livresca, boa e necessária.

É passar pelo salão Guedes, de onde, além de barbeados, saímos contagiados pela simpatia e pela espantosa jovialidade octogenária do próprio Antônio Guedes e, ainda, como souvenir, arriscar um reencontro com Ticiano Duarte, com Jorge Ivan Cascudo Rodrigues ou com José Bezerra Marinho, de inteligência e verve que nos transmitem a sensação de termos ganhado o dia.

Paulo de Tarso Correia de Melo e Ana Maria, Pedro Fernandes e Helaine, Damião nobre e Jailca sintetizam grandes amizades natalenses que Vilani, Alice e eu guardamos com carinho. Natal nos faz recordar a presteza e a acolhida de Artur e Eliete. Faz-nos relembrar igualmente das visitas dominicais à prima Verônica Rodrigues, sempre recheadas de afeição e de deliciosas iguarias. Natal é conversar com Edilson Pinto Júnior, Antônio Alfredo, Henrique Santana, Odúlio Botelho, Cláudia Rocha ou Carlos Newton Pinto, o gaúcho mais potiguar que conheço.

Outro dia, um amigo brasileiro, com esse jeito que nos é peculiar, em meio a elogios a Salamanca, pelos encantos que ostenta como cidade e como centro de estudos, saiu-se com uma muito boa:

― David, nosso único problema aqui é a travesia do “charco” (fazendo referência ao Oceano Atlântico), é muito custosa, e por isso não podemos “matar” nossas saudades quando nos dá vontade.

Respondi-lhe, contando aquela curiosa história da fauna nordestina em que o lagarto tejuaçu quando briga com a cobra não perde de vista o pé de pinhão para, sendo picado, sugar um pouco do “leite” da árvore, que lhe serve como antídoto, e, imunizado por algum tempo, poder voltar e lutar.

― Então, amigo, estamos longe, é verdade, por isso mesmo precisamos de férias para “realimentar as baterias” e voltar à batalha.



* Leia também Toponímia II
___________________
David de Medeiros Leite (Mossoró-RN, 1966) é, sobretudo, apaixonado pelas terras potiguares. Professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), é doutor em Direito Administrativo pela Universidade de Salamanca (Espanha), membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN), do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), da Academia Maçõnica de Letras do Rio Grande do Norte (AMLERN) e da Academia Mossoroense de Letras (AMOL). Dentre outros, é autor de: Companheiro Góis – Dez Anos de Saudade (2001); Ombudsman Mossoroense (2003); Incerto Caminhar (2009); e Cartas de Salamanca (2011). A presente crônica foi extraída de Cartas de Salamanca.


Postagem em destaque

INSINUAÇÃO [Webston Moura]

Tempus fugit. (Acrílico sobre lienzo. 1992) - Ángel Hernansáez Boa ventura – Abrir a carta, de pouco em pouco, que seu engenho ...