onde arrebanho águas
pra rearmar a cabeça
com esses estilhaços esparsos
de solidão não-tolerada
nesta modernidade-fracasso
utopia se leva no laço
como vaqueiro que ferra gado
pensando em mulher devassa
corpo onde se aninham os pássaros
pra decifrar outro átomo
com esses instrumentos antiquados
dos alquimistas herdados
nesse progresso perverso
utopia se leva na pele
numa tatuagem nordeste
que insiste em totalizar o vácuo..................................
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Nuno Gonçalves é historiador, poeta, autor de Cartas de Navegação (Libres Escribas, 2009). Seu blog: http://americalatindo.blogspot.com.br/.