e o corpo perfurado ainda se move
segue o galo tecendo manhãs ensolaradas
no alpendre o velho relógio marca nove
perante a folha em branco a alma turva
perante a folha em branco a alma turva
e a mente então logo viaja
entre as ruínas dos chãos revisitados
onde a inocência às moscas azucrinam
com a insolência dos anjos de morfina
não há escuridão nesta pantera
não há escuridão nesta pantera
que resista a seu dorso iluminado
atenta à noite, a fera ao dia espreita
o amor no horror se desfazer em brasas
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* A PRAÇA DOS LEÕES DOS MEUS SONHOS [Nuno Gonçalves]
o amor no horror se desfazer em brasas
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Nuno Gonçalves é historiador, poeta, autor de Cartas de Navegação (Libres Escribas, 2009). Seu blog: http://americalatindo.blogspot.com.br/.