Cyanella hyacinthoides – Sua
tradução, por sua tão bela aparência, quase me faz esquecer que seu bulbo é
comestível. Sua tradução é luzir sua palavra de moça a debutar. E comer flores
(carne não sendo), ou melhor, comer seu bulbo ― uma parte adentro de sua
inteireza ―, há de me levar, se me houver convite, à invenção de uma boa
ventura, como à daquele grão ao qual se devotara um antigo príncipe de uma
remota ilha. Esta flor não está neste jardim que, de repente, penso; está nesta
tarde, um estado de espírito, onde (imaginação) a vejo pela primeira vez, olhos
de Laís, súbita e própria, diria eterna, qual a beleza de um camafeu nos ares de Torre
del Greco.
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MENSAGEM NA GARRAFA - Em primeiro, um círculo de fogo, esferas concêntricas de luzes mutantes e cores diversas. Depois, um vulto que, aos poucos, adentrou a forma (ao que suponho) humana, semelhanças. O anjo, o que também me lembra Khorsabad, em Dar Sharrukin (Assíria), mais precisamente uma criatura na forma mista de cavalo e homem, alada. Trazia numa das mãos um filete de água suspenso, como se cristal fosse, mas mais comovente. Olhou-me e, sem mover os lábios, disse-me algo que não sei traduzir em palavras por mim amansadas. Recebe, pois, a intenção disto que, nesta via, remeto-vos: dom. Tudo é verde em meus olhos, turquesa-ciana ou esmeralda acalmada, sem maiores reflexos. Recebe isto, letra por letra, e sonha.
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# LEIA TAMBÉM:
* INSINUAÇÃO [Webston Moura]
* SECRETOS ALFABETOS [Webston Moura]
* NO VERDE SECRETO DE SEU FRENESI (Webston Moura)
* O OURO RÚTILO DOS CÍRCULOS SIBILINOS (Webston Moura)
* ANTE A FLOR E A ESTRELA EXPLODIDAS DE DELÍCIAS (Webston Moura)
* LÍRICAS ESTELARES, ACRIMÔNIA E OLOR DE MADEIRA VERDE (Webston Moura)
* CORPO, MATÉRIA INSISTENTE (Webston Moura)
Webston Moura é o editor do blog Arcanos Grávidos, além de co-editor de Kaya [revista de atitudes literárias]. Cearense de Morada Nova, mora em Russas desde 1988. Por formação, é Tecnólogo de Frutos Tropicais. Poeta, é autor de Encontros Imprecisos: insinuações poéticas (Imprece, 2006). Com o poema "A pronúncia da minha língua pela tua flor" e o conto "A vida carpida entre os dentes" participou da revista PARA MAMÍFEROS (Fortaleza, Nº 3, Ano 3, 2011). Com o poema "Enquanto o muçambê delira a meus olhos" participou da Revista do Instituto Cultural do Oeste Potiguar - ICOP (Nº 16, setembro de 2012). Teve ainda poema publicado no projeto Trânsito de Leituras. Aprecia teatro, desenho, boa música, além de questões ligadas a temas como meio ambiente, sustentabilidade, dentre outros. Colaborou tecnicamente com o blog Literatura sem fronteiras.
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MENSAGEM NA GARRAFA - Em primeiro, um círculo de fogo, esferas concêntricas de luzes mutantes e cores diversas. Depois, um vulto que, aos poucos, adentrou a forma (ao que suponho) humana, semelhanças. O anjo, o que também me lembra Khorsabad, em Dar Sharrukin (Assíria), mais precisamente uma criatura na forma mista de cavalo e homem, alada. Trazia numa das mãos um filete de água suspenso, como se cristal fosse, mas mais comovente. Olhou-me e, sem mover os lábios, disse-me algo que não sei traduzir em palavras por mim amansadas. Recebe, pois, a intenção disto que, nesta via, remeto-vos: dom. Tudo é verde em meus olhos, turquesa-ciana ou esmeralda acalmada, sem maiores reflexos. Recebe isto, letra por letra, e sonha.
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Webston Moura é o editor do blog Arcanos Grávidos, além de co-editor de Kaya [revista de atitudes literárias]. Cearense de Morada Nova, mora em Russas desde 1988. Por formação, é Tecnólogo de Frutos Tropicais. Poeta, é autor de Encontros Imprecisos: insinuações poéticas (Imprece, 2006). Com o poema "A pronúncia da minha língua pela tua flor" e o conto "A vida carpida entre os dentes" participou da revista PARA MAMÍFEROS (Fortaleza, Nº 3, Ano 3, 2011). Com o poema "Enquanto o muçambê delira a meus olhos" participou da Revista do Instituto Cultural do Oeste Potiguar - ICOP (Nº 16, setembro de 2012). Teve ainda poema publicado no projeto Trânsito de Leituras. Aprecia teatro, desenho, boa música, além de questões ligadas a temas como meio ambiente, sustentabilidade, dentre outros. Colaborou tecnicamente com o blog Literatura sem fronteiras.