Num instante, uma flor (Créditos: Ana Flávia Junqueira) |
A
têmpera que produz a miúda flor
e
o plasma assombroso das estrelas
não
produz o ódio.
É
forte sua voz divina,
seu
abril de cavalos suados
sobre
o sexo de cítaras mil.
Sou
humano e lhe posso,
mas
só em remanescentes e ideias,
que
sua essência,
de
tão própria delícia,
não ousaria amar-me
senão
por pena.
Sou apenas humano,
imensamente
apenas.
* Leia também LÍRICAS ESTELARES, ACRIMÔNIA E OLOR DE MADEIRA VERDE
____________
Webston Moura [editor de Kaya] é poeta, autor de Encontros imprecisos: insinuações
poéticas (Imprece, 2006).
Mantém o blog Arcanos Grávidos.